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A observação de que pacientes com doenças sérias ou gravemente feridos se beneficiavam quando recebiam atendimentos médico e de enfermagem separados, bem como quando ficavam em um espaço físico específico, foi crescendo ao longo do tempo e levou à criação da medicina intensiva.

 

Durante a Guerra da Crimeia, nos anos 1850, Florence Nightingale pediu que os pacientes em estado mais crítico fossem colocados perto das enfermeiras e assistidos mais diretamente, o que criou uma visão inicial na importância de se separar geograficamente estes doentes. Em 1923, Dr. Walter E. Dandy abriu uma unidade para pacientes críticos que se recuperavam de neurocirurgias no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore. Em 1930, Dr. Martin Kirschner criou uma unidade intensiva e de recuperação pós-operatória na unidade cirúrgica na Universidade de Tübingen, na Alemanha. Outros centros cirúrgicos seguiram o exemplo, até que, em 1960, quase todos os hospitais tinham uma unidade de recuperação pós-operatória anexada às alas cirúrgicas.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, unidades especializadas em choque foram utilizadas para reanimar muitos soldados gravemente feridos. Nos anos 1950, diversos focos epidêmicos de poliomielite, especialmente em Copenhague, levaram à abertura de unidades que tratavam pacientes através de ventilação mecânica. Em 1958, Dr. Max Harry Weil e Dr. Hebert Shubin abriram uma ala na Universidade da Carolina do Sul, em Los Angeles, para melhorar o diagnóstico e o tratamento de pacientes com complicações. No mesmo ano, Dr. Peter Safar abriu uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital da Cidade de Baltimore. Ao longo da década de 60, UTIs foram criadas na Europa, nos Estados Unidos da América e na Australásia. Em outros países, como na China, as UTIs são mais recentes.

 

O papel do intensivismo em maximizar os resultados positivos do cuidado aos pacientes foi reconhecido e programas de treinamento foram implementados para desenvolver esta área, simultaneamente à criação de medicina com uma especialidade. As UTIs passaram a admitir e a observar pacientes, o número de pesquisas neste campo aumentou e o entendimento de mecanismos patofisiológicos em pacientes críticos progrediu. Igualmente cresceu a disponibilidade de tecnologias voltadas ao monitoramento e a processos que ocorrem nas unidade de terapia intensiva.

História da Terapia Intensiva

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